#ComunicATIVA3

Em muitos trabalhos desenvolvidos com metodologias ativas de aprendizagem, sempre fazemos contato com a expressão disparador. Tivemos um exemplo em nossa #ComunicATIVA1: o disparador foi uma casinha ilustrada que pode ser acessada em nosso Blog.

Dando continuidade à nossa jornada de aprendizagem interativa que precede o 1o Congresso Brasileiro Online de Metodologias Ativas, oferecemos mais um produto estratégico na construção das práticas.

Para que possamos iniciá-la, convidamos você a seguir três passos:

1) Leia as duas perguntas a seguir e reflita sobre elas.

O que você entende pela expressão disparador no contexto educacional?

Como disparar um processo de aprendizagem e tecer uma rede consistente de construção de conhecimentos e desenvolvimento de competência?

2) Assista a este pequeno vídeo disparador e deixe o seu comentário em nossa página do facebook para que continuemos nosso processo de interação.

3) O texto a seguir dispara novas reflexões sobre o próprio conceito de disparador (decida se você quer ver o vídeo e comentar antes ou ler o texto e assistir e comentar o vídeo depois)

Reflexões sobre o disparador

Vivemos em uma tradição que, durante séculos, vem fortalecendo a ideia de uma realidade objetiva que estaria lá fora, pronta para ser captada (descoberta, representada, interpretada) de uma forma correta, ideal. Neste contexto, haveria aquelas pessoas que ocupariam lugares privilegiados de observação: os inteligentes, os cientistas, os autores de livros e artigos, os professores, os especialistas etc. Em posições contrastantes estariam aqueles com menor capacidade de compreender a realidade e que precisariam melhorar e se aproximar da forma ideal de compreender a realidade.

No contexto escolar os melhores estudantes, que se aproximam e captam melhor este saber ideal, recebem boas notas. Os outros, menos esforçados ou menos talentosos, recebem notas abaixo da média.

O contexto anterior lhe parece familiar?

Nele, o conteúdo ou a forma ideal de manuseá-lo, são balizadores externos que demandam uma constante aproximação daqueles que aprendem, contexto com frequente presença de emoções competitivas.

Do conteúdo pronto ao disparador

Juntamente com o termo disparador emerge uma nova forma de olhar para a aprendizagem. Ela desloca-se da referência a um objeto externo – que pede uma aproximação ideal – e vai para os deslocamentos, para as transformações daquele que aprende, para a construção do conhecimento, para o desenvolvimento de competência.

Diferentemente do conteúdo objetivo, o disparador convida aquele que interage com o objeto, a uma visita à sua história, aos seus conhecimentos prévios, às suas emoções. Aquele que aprende é legitimado no processo de aprendizagem ao expressar na linguagem suas concepções e conhecimentos prévios, que passam a entrelaçar com outros, desenvolvendo a competência do diálogo, passando a ter seus pontos cegos iluminados e a iluminar os pontos cegos dos outros.

Na linguagem, fundamento constitutivo do humano, resgata-se também o encantamento em ouvir o outro, em compreender os seus mecanismos cognitivos, sua lógica de operar e ampliar os olhares em diversidade, incluindo aí as contradições.

É este movimento que deixa emergir, de forma colaborativa, o desejo pela descoberta por meio da investigação, a busca de solução compartilhada dos problemas e, inclusive, a necessidade de integração de outros atores.

É neste momento que os autores e especialistas emergem. Não como referências que definem o que é certo e o que é errado, mas como robustas composições do processo dialógico, seja no sentido do desenvolvimento de competência, seja no apoio à tomada de decisões nos mais diversos contextos.

No trabalho com Metodologias Ativas você entrará em contato com vários disparadores, dos mais lúdicos aos mais utilitários. A escolha de um disparador potente, pode gerar aprendizagens inimagináveis!

Que tal, a partir de agora, olhar para os disparadores inspirados por estas reflexões?

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